RUANDA RECUSA EXPANSÃO DO CORREDOR DO LOBITO PROPOSTA PELOS EUA COMO INCENTIVO À PAZ

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Os Estados Unidos sugeriram a expansão do Corredor do Lobito para a região em conflito como um incentivo a um acordo de paz entre Ruanda e a República Democrática do Congo (RDC). No entanto, o governo ruandês recusou a proposta.

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A RDC, maior produtora mundial de cobalto, e a Zâmbia estão no centro da disputa pelo comércio de matérias-primas valiosas, que despertam interesse internacional devido ao aumento previsto da demanda. A Agência Internacional de Energia (AIE) estima que a procura por minerais como níquel e cobalto deve crescer 20 vezes entre 2020 e 2040, destacando a importância estratégica do corredor.

Está imagem foi usada para iIustrar |© Imagem: divulgação.

A proposta dos EUA foi anunciada pela administração Biden pouco antes de deixar a Casa Branca. Entretanto, o presidente ruandês, Paul Kagame, não participou das negociações mediadas por Angola durante a visita de Joe Biden em dezembro passado, demonstrando a falta de apoio à iniciativa.

O analista político Alex Vines avalia que a rejeição de Ruanda não é surpresa. “O Ruanda não estaria interessado em desviar o comércio para atravessar as suas fronteiras rumo ao oeste. Isso tornava a proposta pouco atrativa e possivelmente contraproducente”, comentou.

Já Evans Chabala, do Instituto de Investigação sobre Políticas em África, questiona a viabilidade da proposta em um ambiente de conflito. Ele aponta que o Ruanda teria mais interesse em rotas rápidas e diretas, como o uso do caminho de ferro da Tanzânia, que conecta Dar es Salaam a Kigali.

O Corredor do Lobito é uma infraestrutura ferroviária estratégica com 1.300 km de extensão, conectando o porto angolano do Lobito às áreas mineiras da RDC e da Zâmbia. No entanto, especialistas acreditam que o plano dificilmente será levado adiante, especialmente sob uma eventual administração de Donald Trump.

C/Dw.

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