
O primeiro-ministro comentou os encontros com os líderes do Chega e da IL e reiterou que “não há reuniões secretas” no Palácio de São Bento.
Fonte: Notícia ao Minuto
O primeiro-ministro, Luís Montenegro, comentou esta segunda-feira as reuniões que teve com os líderes do Chega, André Ventura, e da Iniciativa Liberal (IL), Rui Rocha, e sublinhou que o próprio também foi “algumas vezes” ao Palácio de São Bento sem o conhecimento da comunicação social, quando era líder da Oposição.
“Nesta residência onde nos encontramos, a residência oficial do primeiro-ministro, não há reuniões secretas”, reiterou, à semelhança do que foi adiantado pelo seu gabinete num comunicado enviado às redações.
Montenegro frisou que recebe “semanalmente muitas entidades e muitas personalidades” e “também recebe, de vez em quando, líderes políticos”.
“Eu próprio, quando era apenas líder da oposição e apenas presidente do Partido Social Democrata (PSD), também aqui vim algumas vezes sem que os senhores e senhoras jornalistas soubessem”, acrescentou, referindo-se à altura em que António Costa era primeiro-ministro
Montenegro defendeu que as reuniões com os líderes políticos são “um traço de normalidade e maturidade democrática”, que “se deve manter”.
“O Governo está empenhado em dar ao país um Orçamento do Estado para 2025 que esteja enquadrado no programa do Governo e que sirva o interesse do país e o interesse das pessoas”, acrescentou, frisando que o Executivo vai “esgotar todas as possibilidades” para que a “proposta não seja inviabilizada” na Assembleia da República.
Em causa estão reuniões de Montenegro com Ventura e Rui Rocha, durante a manhã desta segunda-feira. A notícia da reunião de Luís Montenegro com Rui Rocha foi avançada esta tarde pelo Observador, depois de o canal televisivo CNN Portugal ter igualmente noticiado um encontro entre o primeiro-ministro e o líder do Chega, que nenhuma das partes quis confirmar nem desmentir.
Posteriormente, o gabinete do primeiro-ministro frisou, num comunicado às redações, que “não há reuniões secretas” em São Bento, mas sim “encontros com entidades e personalidades de várias áreas, incluindo líderes políticos, sobre temas de interesse nacional, que ocorrem muitas vezes com discrição e sem a presença da comunicação social”.