A Sub-Comissão de Apelação da Comissão Nacional Preparatória do IX Congresso Ordinário da JMPLA recebeu, neste sábado (23), um pedido formal de impugnação dos resultados que declararam Justino Capapinha como Primeiro Secretário Nacional da organização. A denúncia aponta graves irregularidades no processo eleitoral e solicita a anulação imediata do pleito.
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Principais Irregularidades Apontadas
- Exclusão de Representantes dos Candidatos na Subcomissão Eleitoral
Antes do início das eleições, o mandatário de Adilson Hach, o Camarada Sténio Savazuca, solicitou que representantes de cada candidato fossem integrados na Subcomissão Eleitoral, em conformidade com uma orientação do Camarada Gonçalves Muandumba. O pedido foi recusado, levantando dúvidas sobre a imparcialidade do processo. - Discrepância no Número de Votos
Durante a contagem inicial, foi anunciado que 1266 delegados estavam presentes na sala, número que deveria corresponder aos votos totais. No entanto, os resultados divulgados pela Comissão Eleitoral apontaram 1781 votos apurados, 515 a mais do que o número de delegados presentes.
- Justino Capapinha foi declarado vencedor com 1100 votos.
- Adilson Hach obteve 681 votos.
- Com base nos delegados presentes, Adilson Hach deveria ter vencido com uma margem confortável, já que restariam apenas 585 votos para Capapinha.
- Relatos de Fraude Durante a Votação
A campanha de Adilson Hach recebeu denúncias de irregularidades graves, incluindo:
- Entrada clandestina de indivíduos pelas portas laterais do Centro de Conferências de Belas (CCB), com a anuência do coordenador da Subcomissão Eleitoral.
- Uso de credenciais falsas ou pertencentes a delegados ausentes. Um caso destacado foi o de Márcio Corte Real, que alegou substituir Armindo Matos, ambos da província da Huíla.

Diante da gravidade das acusações, os denunciantes apresentaram as seguintes exigências:
- Anulação dos Resultados do IX Congresso Ordinário da JMPLA.
- Suspensão dos Efeitos do Relatório da Subcomissão Eleitoral da Comissão Nacional Preparatória.
- Pronunciamento oficial da Subcomissão de Apelação no prazo máximo de 48 horas.
Caso as demandas não sejam atendidas, os denunciantes afirmaram que irão recorrer a instâncias superiores dentro da JMPLA e do MPLA para garantir justiça e transparência no processo.
A denúncia traz à tona questionamentos sobre a condução do processo eleitoral e poderá gerar uma crise interna na estrutura da organização juvenil do MPLA.
Por: Mido dos Santos