A Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) deu um passo decisivo esta segunda-feira ao aprovar o orçamento revisto para prolongar o mandato da sua missão na República Democrática do Congo (RDC). A extensão, válida até dezembro de 2025, reflete o compromisso da organização em garantir estabilidade na região, enquanto se monitoriza a evolução do cenário político e militar no terreno.
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Em reunião extraordinária realizada virtualmente, os ministros acordaram o envio de uma missão de avaliação em abril de 2025, que será fundamental para guiar a estratégia futura. Esta decisão surge após o consenso alcançado pelos Chefes de Estado e de Governo da SADC, a 20 de novembro, em Harare, sobre a necessidade de dar continuidade à missão, em paralelo às negociações de paz mediadas por Angola entre a RDC e o Rwanda.
O Ministro da Defesa Nacional de Angola, João Ernesto dos Santos, liderou a delegação angolana e sublinhou a importância do “Processo de Luanda” para alcançar um acordo sustentável entre as partes. Este compromisso reafirma o papel central do país na promoção da paz e segurança regional.
As reuniões preparatórias do Comité Ministerial do Órgão e dos sub-comités de Defesa e Finanças da SADC foram cruciais para aprovar o orçamento necessário à manutenção da missão, garantindo recursos adequados para o período de 15 de dezembro de 2024 a 14 de dezembro de 2025.
Além disso, Angola destacou-se novamente no panorama diplomático africano ao felicitar a Namíbia pela histórica eleição de Netumbo Nandi-Ndaitwah como a primeira mulher Presidente do país, e à Tanzânia pelo 63.º aniversário da sua independência.
A delegação angolana contou ainda com a presença de Nazaré José Salvador, diretor do Comité Nacional da SADC, e altos funcionários dos ministérios das Relações Exteriores e Defesa Nacional, reforçando o compromisso do país em apoiar soluções regionais.
Com estas decisões, a SADC demonstra determinação em promover a paz e estabilidade na RDC, ao mesmo tempo que reconhece a liderança angolana como um pilar central para a resolução de conflitos no continente.
Por: Mido dos Santos