Corrida à liderança da ONU: três nomes surgem como fortes candidatos à sucessão de Guterres

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Com o processo de sucessão oficialmente iniciado, vários nomes começam a ganhar força para assumir o cargo de secretário-geral das Nações Unidas quando o mandato de António Guterres terminar, em 2026. A América Latina parece tomar posição, mas a corrida ainda vai no início e dependerá em grande parte do equilíbrio político entre as grandes potências do Conselho de Segurança.

Fonte:semcensura.ao

A ONU abriu formalmente o processo para escolher o próximo secretário-geral, numa carta conjunta enviada aos 193 Estados-membros, onde apela à apresentação de candidatos que possuam os “mais altos padrões de eficiência, competência e integridade”. O documento destaca também a importância da diversidade de género e da representatividade geográfica. Sem mencionar regiões específicas, a carta abriu caminho a uma disputa que, pela primeira vez em anos, poderá contar com uma forte concentração de candidatos latino-americanos. Três nomes surgem já como fortes candidatos, mas outros podem alinhar-se como possíveis sucessores de António Guterres.

Rafael Grossi (Argentina)

Diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) é, até agora, uma das candidaturas mais visíveis. Diplomata experiente, com forte reputação técnica e política, Grossi tem referido publicamente a sua disponibilidade para liderar a ONU e centrar o mandato na paz, segurança e reforço do multilateralismo.

Licenciado em Ciências Políticas, Grossi tem um mestrado em Relações Internacionais e um doutoramento em História e Política Internacional.

Michelle Bachelet (Chile)

Antiga Presidente do Chile e ex-Alta Comissária da ONU para os Direitos Humanos, é um dos nomes mais fortes do lado sul-americano. O seu passado político e o trabalho em direitos humanos conferem-lhe grande potencial para a liderança das Nações Unidas.

A candidatura de Bachelet tem vindo a ser relacionada com um possível impulso para que, pela primeira vez, a ONU seja liderada por uma mulher. Antes de ser Presidente, foi ministra da Defesa e da Saúde.  Médica de formação, foi também a primeira diretora-executiva da ONU Mulheres, a agência da ONU que promove igualdade de género, autonomia e os direitos das mulheres.  

Rebeca Grynspan (Costa Rica)

Antiga vice-presidente da Costa Rica e atual secretária-geral da Conferência das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD). É vista como uma personalidade com um perfil conciliador e com grande experiência nas áreas de desenvolvimento, comércio e cooperação internacional. É um dos nomes que mais agrada aos países que defendem maior equilíbrio geográfico e de género.

Licenciada pela Universidade da Costa Rica em Economia, área em que tirou o mestrado na Universidade de Sussex, no Reino Unido. Antes de liderar a UNCTAD, ocupou vários altos cargos no Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e foi nomeada subsecretária-geral da ONU em 2010.

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