O cientista político Gaspar Luamba destacou que “a oposição não deve se limitar a criticar tudo o que o governo faz e acobertar as próprias incompetências”. Ele enfatizou a importância de uma oposição bem informada sobre os diferentes aspectos da vida do cidadão e que seja capaz de “contrapor com dados e soluções aquilo que critica”. Por sua vez, o politólogo Horácio Nsimba ressaltou a necessidade de “envolver a academia na busca pela resolução de problemas”, defendendo uma oposição mais “científica”, afastando-se do populismo.
Sem Censura
Enquanto isso, partidos da oposição, como a UNITA e o Bloco Democrático (BD), criticaram a recente visita do Presidente dos EUA, Joe Biden, a Angola. Ambos expressaram descontentamento por não terem sido incluídos nas reuniões. O deputado da UNITA, Paulo Faria, lamentou: “Na primeira visita de um Presidente americano ao nosso país, não ouvir as principais forças políticas do país é basicamente ignorar aquilo que é a voz da maioria dos angolanos”.
Faria acusou Biden de seguir “uma agenda imposta” pelo MPLA, ouvindo apenas “a voz de quem capturou Angola”. Ele afirmou que isso desconsidera questões cruciais, como o fortalecimento da democracia, o respeito aos direitos humanos e a independência do sistema judiciário. O presidente do BD, Filomeno Vieira Lopes, também criticou a exclusão, destacando que uma visita de tal importância deveria envolver uma maior diversidade política.
Por: Mido dos Santos
