O Líder da UNITA, Adalberto Costa Júnior, entende que a comemoração dos 50 anos de Independência deve servir de reflexão em todo território nacional, criando assim palestras nas Universidades, visitas às comunidades e falar do país real para os angolanos.
Sem Censura

O político discursava na Gala dos 50 anos de existência da JURA, Braço Juvenil da UNITA, que decorreu domingo, 8, em Luanda.
“Que já iniciou o período de comemoração dos 50 anos de independência. Já começou. Vamo-nos rir um pouco de uma questão que é muito séria: eu creio que todos aqui sabem que a presidência da União Africana é rotativa. Sabem ou não? E, sabem que país está a exercer este ano a presidência da União Africana. Qual é o país? Qual é o país?! Mauritânia. Parabéns! Tem muita gente bem informada. A rotação diz que, é feita por ordem alfabética com o alfabeto inglês. Então, depois do “M”, vem o “A”, não é?”, lembrou.
Adalberto Costa Júnior questionou, como no próximo ano Angola vai ser presidente da União Africana. Expliquem! Procurem a razão. Eu vou-vos dar aqui a razão. Depois do “M” vem o “N”. E, os países do “N” negociaram a cedência a custa do “El dourado”, aquilo que vos falta nas escolas, nas infraestruturas, no investimento para valorizar o angolano, serve para pagar o desempenho de uma pessoa.
O país tem que ser resgatado a esta estratégia de uma pessoa sobre o interesse de todos nós. E, este é um desafio fundamentalmente para vós jovens. Nós, sozinhos, nunca chegaremos lá. Então, a JURA saiba que, tem um desafio enorme.
Entre outros, deixo o contexto, o actual: nós estamos em 2024, e em 2024, o nosso continente e principalmente a região a que pertencemos, está a dar indicadores muito particulares, que nós não podemos ficar-lhes desatentos, muito menos os jovens. Está a dar indicadores que vêm da África do Sul, onde o ANC foi obrigado a fazer um governo de “União Nacional”, porque não ganhou sozinho as Eleições. Mas, eu chamo-vos a atenção que o ANC pertence a uma África do Sul, onde há separação de poderes: onde há independência do poder judicial, onde há independência da comunicação social, onde apesar de tudo, as instituições funcionam; totalmente distinto a esse nosso país: a comemorar 50 anos, e tudo em inverso, daqui ao lado, da África do Sul; os poderes sobrepõe-se todos, são todos instruídos sobre o interesse de uma pessoa, de um partido, e que se sobrepõe a tudo aquilo que é a esperança e a expectativa dos angolanos.
Afinal, uma coisa simples: o que compete a um partido, que após ascender ao governo, fazer? Trabalhar para a satisfação do bem-estar das suas comunidades. Não é mais do que isto! Para o bem-estar do seu povo: para lhe garantir escola, casa, saúde, defesa, sucesso; oportunidade de sonhar, viver bem na sua terra; usufruir daquilo que são as suas riquezas. E, Angola não tem falta de dinheiro, meus caros amigos. Não tem, não!
Reiterou que os 50 anos de Independência do país e sobre a agenda das comemorações que para o dirigente, começou no dia 11 de novembro de 2024, e acaba no dia 1 de janeiro de 2026, 1 ano e dois (2) meses, é um somatório de actividades que vão custar mais de 2 bilhões de dólares. Estes desperdícios vão servir apenas para elevar os orgulhos, o nome, a tentativa da preservação do poder, de um partido que perdeu as sensibilidades da governação deste país, completamente; completamente!
“Mas, eu estou a apelar a juventude: estão a pedir trabalho; têm trabalho. Nós, não podemos ficar fora da comemoração dos 50 anos. Mas, nós não podemos ser parte do repasto. Ouviram bem? Nós não podemos ir para a fartura, para a farra, para a engorda; para comer bem, para andar no exercício do desperdício de dinheiros. Mas, nós temos a obrigação de tomar iniciativas de consciência cívica, principalmente de jovens para jovens”, concluiu.