ANALISTA DIZ QUE MARCHA DO MPLA FOI “UM FRACASSO” E ASSEGURA QUE 2027 SAI DO PODER

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Analistas do espaço da Rádio Despertar “Provas dos factos”, na sua segunda edição do mês de dezembro, domingo 8, comentaram sobre a marcha do MPLA, partido no poder em Angola, realizada neste sábado, 7 do mês em curso, na capital do país, em celebração aos seus 68 anos de existência assinalados recentemente, marcada por protestos de zungueiras e cidadãos em geral, na via expressa ao largo dos congoleses.

Sem Censura

No protesto contra a marcha do partido no poder, as vendedeiras dançavam e clamavam UNITA, UNITA, UNITA. A manifestação foi também aderida pela população a redores que também gritavam pelo partido UNITA.

O representante do MPLA, no programa, que analisa os factos relevantes da actualidade nacional e internacional que ocorrem ao longo da semana, Samora Neves, sustentou que a marcha do MPLA foi o triplo da marcha realizada pela UNITA com a FPU.

Segundo o analista, “temos estado a acompanhar marchas da UNITA e marchas do MPLA. Aqui é só olhando nesses dois grosseiros políticos do nosso mosaico político angolano. Mas, quem olha para isso vai perceber de longe que a marcha do MPLA é como se fosse o triplo daquilo que tem sido”.

“A UNITA, recentemente, através da FPU, fez uma marcha, mas muito longe daquilo que o MPLA conseguiu”, defendeu analista, acrescentando que, é um MPLA robusto, é um MPLA que se transforma, é um MPLA que consegue efectivamente ler bem os sinais que lhe foi dado em 2022, e está preparando-se para 2027.

Para o politólogo Gilson Salusi, que também participou do espaço, deplorou o discurso do partido no poder, afirmando que, “em pleno 2024, a discussão política aqui é ter uma certa higiene mental. Tinha que se discutir mais o país”, disse o analista, para quem, não faz sentido termos partidos políticos que ainda pensam a partir claro da caixa e demonstram aqui uma certa pobreza do ponto de vista de discussão política.

Gilson Salusi, defendeu que a marcha do partido no poder foi um fracasso, dado aos meios de mobilização e propaganda que empregou para a mobilização dos seus militantes, especialmente o recurso aos meios de comunicação social estatal, mais especificamente para o anúncio e publicidade na Televisão Pública de Angola — TPA, e Rádio Nacional.

O politólogo considerou também a marcha do MPLA ter sido um fracasso, a considerado o número da população que compõem o aparelho do estado sob controlo do partido-estado. Conforme o especialista, “o que se passou: aquilo não é marcha das multidões”, disse o analista, que denunciou igualmente a manipulação das imagens apresentadas Televisão Pública de Angola (TPA) nos actos de massas organizados pelo partido no poder.

“Como sabe, o MPLA tem o controlo do estado, e manipula a TPA e a TPA, portanto recorre à inteligência artificial. E, o que passa na televisão é muitas vezes ampliação, não é o que aconteceu”, sustentou”.

Henrique ‘Stress’, um activista e influencer digital angolano, que também analisou na sua página do tik tok, os protesto da população na marcha, considerou que, o povo angolano está mesmo cansado como MPLA, não tem como.

Segundo o influencer, “sim, o MPLA realmente conseguiu encher as ruas, mas nós temos a noção que, são aqueles angolanos, que são manipulados mentalmente”, disse o activista rebatendo que, “2027, o MPLA sai do poder. Como?! Ainda não sei, mas vai sair”.

O Sem Censura soube também de fonte segura da presença no acto, de fiéis religiosos mobilizados para participarem do programa político, como habitualmente acontece nas marchas realizadas pelo partido MPLA.

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