O secretário-geral da UNITA, Álvaro Tchikwamanga Daniel, disse sábado 23, em Luanda, que o seu partido vai defender uma nova Angola livre da fome, da pobreza e da violação sistemática do Estado Democrático de Direito.
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O .politico falava em volta da apresentação do manifesto dos organizadores e participantes à Marcha decorreu na capita do país.
“A nossa presença aqui é para dizermos aos angolanos e ao mundo que hoje, amanhã e sempre defendemos em defenderemos com toda a nossa força uma Angola livre da fome, livre da pobreza e da violação sistemática do estado democrático de direito”, adiantou.
O responsável fez sabem que em Angola a fome afecta todas as províncias do nosso país, cerca de 38% de crianças com menos de 5 anos de idade sofrem de desnutrição crónica. Isso agrava a mortalidade infantil. É muito triste vermos vários dos nossos concidadãos a alimentar-se daquilo que encontram nos caixotes de lixo.
Lembrou que a Frente Patriótica Unida(FPU), defende uma Angola livre da fome, na luta contra fome. A luta contra a fome a governação do actual regime falhou. Para nós, os angolanos devem ser iguais. Não deve haver angolanos de primeira, angolanos de segunda e angolanos de terceira. Não é justo, que deixa pessoa condenadas a fome no seu próprio país.
“Nós, os participantes desta marcha, nunca abandonaremos a luta contra a fome. Dados das Nações Unidas dizem que cerca de 51% da população angolana vive em estado de pobreza multidimensional, e 31% da população do nosso país sobrevive abaixo da linha da pobreza”, esclareceu.
O Deputado diz que com uma população estimada em 37 milhões, 900 mil habitantes, Angola tem mais de 11 milhões de pessoas em estado de pobreza extrema. Neste grupo encontramos pessoas desempregadas, pessoas que vivem na rua, sem acesso à saúde nem à educação, e muitas outras situações.
“O executivo tem exibido muitos programas de luta contra a pobreza, com recursos de verbas avultadas, nenhum programa conseguiu combater a pobreza. Nós – Frente Patriótica Unida, não aceitamos que continue esse estado de coisa, por isso aconteça o que acontecer, continuaremos a lutar por uma Angola livre da pobreza”, disse.
Tchikwamanga exige que o executivo trabalhe para baixar os preços da sexta-básica, melhore os serviços de educação, faça funcionar a saúde para todos, em Angola.
Somos testemunhas das violações sistemáticas dos direitos humanos em Angola, pelo Executivo, a imprensa pública está sequestrada pelo partido no poder e pelo executivo que o conduz. Com a imprensa sequestrada, como acreditar a favor de um estado verdadeiramente democrático? Nós não acreditamos neles.
49 anos de Independência Nacional, 22 anos de paz, porque ainda os presos políticos cuja culpa única foi terem pensado pela própria cabeça em defesa da liberdade dos angolanos? Como é que na luta anticolonial defendia a libertação dos presos políticos, e hoje enchem as cadeias com presos políticos? Não! Não podemos aceitar isso! Não pode ser!
Nós os participantes desta marcha lutamos pela liberdade de pensamento e de expressão no nosso país, por isso gritamos alto e em bom som, libertem os presos políticos.
As pessoas do executivo consideram-se acima das leis, porque pensam que os angolanos devem continuar a aceitar-lhes como gente casta acima das leis, que eles próprios aprovaram.
A aprovação pelo Parlamento da composição da CNE foi uma gritante violação da legislação em vigor. Se o número de lugares na CNE depende dos resultados eleitorais, a UNITA tem direito de pelo menos 5 Comissários, pois com a Frente Patriótica Unida, viu aumentar significativamente o número de votos nas últimas eleições.
Os participantes desta marcha encorajam a direcção da Frente Patriótica Unida a não compactuarem com essas ilegalidades. Defendemos para Angola um verdeiro estado democrático de direito, uma CNE dispartidarizada e um Tribunal Eleitoral Independente, serão um bom começo para se garantir transparência, verdadee eleitoral.
O nosso país não realiza eleições autárquica por vontade e capricho de quem governa. Todas as iniciativas legais relacionadas com o processo autárquico encontram-se engavetadas na Assembleia Nacional, por ordens superiores.
O MPLA não quer autarquias, João Lourenço não quer autarquias. É o nosso direito constitucionalmente consagrado, a ser flagrantemente violado pelo MPLA. Angolanos e angolanas, por estas e outras razões, reafirmamos que valeu apena a realização desta marcha, e sentimo-nos honrado por termos participado dela. Continuaremos unidos na luta contra a fome, unidos contra a pobreza, unidos.