
Relatos dão conta de que o Petro de Luanda, um dos clubes de referência em Angola, está apoiar financeiramente a candidatura de Fernando Alves Simões à presidência da Federação Angolana de Futebol.
Sem Censura
A nossa fonte, adianta que a direcção desportiva do Petro de Luanda, tem estado a apoiar e dando luzes ao candidato para a suceder Artur Almeida e Silva.
Alves Simões, figura influente no panorama desportivo nacional, tem estado no centro das atenções. Nos últimos meses, o candidato foi visto em vários encontros discretos com Tomás Faria, presidente do Petro de Luanda, o que levantou especulações sobre um possível apoio financeiro à sua corrida eleitoral. As reuniões, aparentemente focadas em garantir uma vitória sólida para Simões, visam concretizar um objectivo que há muito vem sendo adiado: a criação da Liga Angolana de Futebol, uma competição profissional que está nos planos do futebol angolano há anos, mas que ainda não saiu do papel.
Este apoio, a confirmar-se, levantaria questões sobre a utilização de recursos de um clube tão importante para financiar campanhas políticas no desporto. O envolvimento directo de um clube com uma instituição federativa pode trazer repercussões para o Petro de Luanda, sobretudo no que diz respeito à transparência e ao cumprimento de regulamentos que separam as entidades desportivas dos processos eleitorais.
Simões, que já ocupou cargos relevantes no futebol angolano, tem um percurso que lhe dá crédito para a corrida à liderança da FAF. Foi vice-presidente para as selecções nacionais durante o mandato de Justino Fernandes, e também liderou, durante vários anos, o Grupo Desportivo Interclube, outro gigante do futebol angolano. Esta experiência em cargos de gestão no desporto angolano poderá jogar a seu favor, especialmente tendo em conta o peso que a liderança dos clubes nacionais tem nas eleições da FAF.
cia do Petro de Luanda na campanha de Alves Simões traz à tona questões maiores sobre a independência das instituições desportivas em Angola.
O clube, que já é uma potência no Girabola, o principal campeonato do país, pode ver-se numa situação complicada se as alegações forem provadas. A pressão de adeptos, dirigentes e críticos desportivos aumenta, e o impacto desta situação pode abalar não só o clube, mas o próprio cenário eleitoral na FAF.
A possível ligação entre o Petro de Luanda e Alves Simões poderá ser decisiva para o desfecho deste processo, mas também poderá colocar em causa a integridade do futebol angolano. Resta saber como os protagonistas desta história irão gerir a pressão crescente e as acusações que surgem, numa corrida que promete ser acirrada e determinante para o futuro da modalidade no país.