CABO VERDE: GREVE DOS PROFESSORES MANTIDA PARA 19 E 20 DE SETEMBRO

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Em Cabo Verde, o Governo e os sindicatos dos professores não se entendem. Mal arrancou o novo ano lectivo, os três sindicatos dos professores agendaram uma greve de dois dias para amanhã e sexta-feira. Isto depois do encontro de negociação com o Ministério da Educação e os sindicatos, mediado pela Direção-Geral do Trabalho ter terminado sem um acordo.

Após o encontro e em declarações à imprensa, a porta-voz dos três sindicatos que representam os professores, Lígia Herbert disse que saíram da reunião com o Ministério da Educação com as mãos vazias

Uma mão cheia de nada e outra de coisa nenhuma. O Governo está irredutível com os seus representantes do Ministério da Educação e nós vamos pronunciar com a greve dois dias, a 19 e 20, porque, na verdade, não houve resposta” garantiu a presidente do Sindicato Democrático dos Professores(SINDPROF), Lígia Herbert.

O primeiro-ministro afirmou que as pendenciais com os professores vêm desde 2008 e desde que assumiu funções em 2016, o seu Governo tem estado a resolver as questões dos docentes com a reclassificação de mais de 2.150 professores que obtiveram o grau de licenciatura, atribuição de subsídios por não redução de carga horária para mais de 2.100 professores, a progressão e a promoção beneficiando mais de 3.700 professores. E agora o novo plano de Carreias, Funções e Remunerações. Por isso, Ulisses Correia e Silva pede limites nas reivindicações.

Tínhamos visto 800 milhões de escudos de regularização de dependências, agora assumimos mais 1 milhão e 300 mil contos por ano. Por isso é que nós dizemos que é preciso ter noção de limites” disse o chefe do governo cabo-verdiano, Ulisses Correia e Silva.

Também, o Presidente da República voltou a entrar no braço de ferro entre o Governo e os sindicatos dos professores ao declarar que o seu veto ao diploma não se limita à questão salarial, mas sim é uma análise ampla do sistema educativo

Eu estou a pensar na qualidade do sistema educativo, em carreiras profissionais adequadas às necessidades do sistema de ensino”, avançou o chefe de estado cabo-verdiano, José Maria Neves.

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