
A Associação de Mulheres Jornalistas da Guiné-Bissau (AMPROCS) exige a observação da liberdade de imprensa, tendo em conta o episódio que envolveu a colega da RTP-África, Indira Correia Baldé, na cobertura de uma actividade do Governo.
Sem Censura
Na nota de repúdio, divulgada quarta-feia, AMPROCS disse que a “expulsão e impedimento de Indira Correia Baldé” de cobrir uma actividade do Governo, no dia 22 deste mês, num hotel de Bissau, configura uma violação da lei de imprensa.
No entanto, o caso ocorreu quando a ministra da Saúde Pública interina, Maria Inácia Sanha, saiu da sala ao constatar a presença da jornalista, que seria mais tarde convidada a abandonar o local. “Conforme os relatos, o assessor da ministra alegou que a acção foi tomada em cumprimento de ordens superiores”, refere a nota da AMPROCS.
De acordo com Correia Baldé, o assessor da ministra informou-a que as “ordens superiores” davam conta que a jornalista não podia estar em nenhuma actividade do Governo.
A associação das mulheres jornalistas da Guiné-Bissau considera o acto “uma flagrante e inaceitável violação da liberdade de expressão e dos direitos humanos”, consagrados na Constituição e nos tratados internacionais rubricados pelo país.